Quero-te todos os dias...
Não é a dor que quero entender (essa dói e pronto),
mas este mistério de duas almas
que não se tocam no físico
e têm quase uma unidade na imortalidade.
Mas é isso que quero!
Tu amas-me? Sim, já me disseste…
Tu queres construir uma vida comigo? Sim, já me disseste.
Eu sinto que tu me queres, que precisas de mim,
mas será que eu estarei
ao nível de tuas expectativas?
Eu quero ser uma certeza,
quantas vezes vislumbrei o que seria o derradeiro
e nem início era.
Quantas vezes esperei contar
e só senti se afastaram e eu fiquei no chão...
Eu quero a certeza do absoluto.
A afirmação positiva.
Não quero os sonhos dos loucos,
nem a vontade dos sem-alma.
Eu quero a certeza da vida.
A afirmação do amor.
Não apenas um amor carnal e dirigido,
mas do sentimento verdadeiro
que se entranha na alma
e que não existam mágoas, que não dissolva.
Quero ter a certeza premonitória
que posso mergulhar, que não encontrarei uma pedra.
Quero a certeza da luz
que não se aleija nos espinhos,
penetra as sombras, não se inibe no mar...
Duas almas que constroem uma estrada juntos,
não sabem como será o trajecto,
mas apenas têm uma certeza quase sobrehumana
que têm que construir juntas.
São vidas independentes, mas harmónicas.
São autónomas, mas responsáveis.
Consistentes no que sentem
e têm a certeza do que realmente sentem.
Não é um "eu acho", "pode ser", "quem sabe",
"vamos tentar", "se der certo"...
É a certeza que só o verdadeiro amor tem.
Imune a influências externas, que pensam tudo saber e nada sabem
Um amor que não tem fronteiras, nem modos, nem medos,
um amor que não espreita, não sucumbe,
nem apenas existe para satisfazer
os nossos pequenos egoísmos.
Eu quero-te sempre igual todos os dias… apenas isso!
E AMO-TE DEMAIS…