Todo o meu EU...
A felicidade não está apenas no ato altruísta de dar tudo em troca de nada. Receber também é um direito, e mais ainda, também é uma necessidade que dá ânimo ao coração e que constrói os pilares fundamentais da reciprocidade.
Mahatma Gandhi uma vez disse que “o melhor jeito de encontrar a si mesmo é se perder a serviço dos outros”.
É uma abordagem humanista, sem dúvida, mas não há que se confundir estas correntes com o plano das relações pessoais ou afetivas, ali onde “dar e receber” estão inscritos num mesmo círculo.
A harmonia estaria no centro, a partir do qual propiciar uma felicidade capaz de dar e receber.
Não quero presentes, prefiro detalhes. Não desejo que os meus favores sejam retribuídos, nem que me dediquem um cartaz por cada esforço realizado, por cada momento dedicado ou por cada sonho presenteado com o fim de atender e fazer feliz aqueles que amamos. Sim, porque eu quero fazer-te feliz a ti e aos quatro jovens que fazem o nosso “ninho” familiar.
O que o coração quer receber é respeito, reconhecimento e reciprocidade. Nada disto se toca com as mãos. Contudo, tem a sutil virtude de nos acariciar a alma para nos fazer sentir amados. É por isso que muitas vezes, quando não se tem nada disto, ficamos vazios e quase indefesos.
O problema na maioria dos relacionamentos amorosos está exatamente nesta dissonância: dar tudo em troca de muito pouco.
Henry Miller, conhecido por suas obras vitais e cheias de sensualidade, comentava “num dos seus livros que para que estas relações “assimétricas” tivessem êxito eram necessários dois doentes: um viciado em receber e outro cujo vício fosse dar. Só assim haveria harmonia. O resto dos relacionamentos estariam condenados, inevitavelmente, a um sofrimento agonizante”.
Eu continuo a dar-te tudo de mim, toda a minha essência, todo o meu EU! Sabes porquê? Porque te amo de forma incondicional e o meu coração é apenas TEU!
LOVE YOU