Um ano de aprendizagem...
A vida vai ensinando-nos coisas valiosas, pequenos detalhes que na juventude nos passam despercebidas. Por conta disso, tenho apreciado muito o passar do tempo, quando tudo passa a reticências... Não há mais necessidades de pontos finais, porque só então nós descobrimos a impermanência das coisas. Tudo se modifica no instante seguinte.
A maturidade instala-se em nós, surge uma nova liberdade de ser, o tempo ensina que não há mais necessidade da aprovação dos outros. Se gostarem, tudo bem; se não, foi o melhor que consegui fazer no momento.
De entre as pequenas descobertas que tenho vindo a fazer ao longo desta existência, está a de que pelo menos duas palavras precisam ser abolidas do nosso vocabulário, a bem da saúde emocional de todo e qualquer ser humano: urgente e impossível.
A primeira parece uma palavra inocente, mas provoca uma desordem emocional muito grande. A sua simples menção faz o corpo reagir negativamente – os músculos contraem-se, o coração passa a bombear mais sangue, as artérias dilatam-se, a mente começa a produzir histórias de terror... E todo esse reboliço para quê? Nada é urgente neste nosso velho mundo, nem a morte... Alguém pode fazer alguma coisa diante de um facto consumado? Morreu, morreu... o que se pode fazer além de aguardar o reencontro num outro plano de existência? E cá para nós, urgente é aquilo que alguém não conseguiu fazer em tempo hábil e quer que você faça. A urgência é sempre do outro, é sempre uma esperteza de alguém.
Impossível é a palavra preferida dos que não acreditam em si mesmos - funciona como uma barreira protectora para a preguiça ou o medo, deixa sempre no ar a impressão de que tudo foi tentado. Não é verdade, só existem os limites reconhecidos pela mente. Tudo pode ser mudado e transformado em possível.
É da lei da vida: os pensamentos e sentimentos, dependendo da sua qualidade e intensidade, criam um campo energético que vibra numa determinada frequência, atraindo energias e vibrações semelhantes. Se estamos focados no desânimo, no medo, na falta de sorte, iremos atrair acontecimentos que vibram na mesma energia desses sentimentos. Por outro lado, se procuramos manter a alegria, a confiança, o optimismo e a gratidão pelo que já temos de bom, iremos atrair uma realidade que vibra nessa mesma frequência.
A vida na terra é breve... Ela existe para ser saboreada... Abandonei toda a pressa e não detenho o meu caminhar por causa do impossível... Ele não existe. Amo para ser amado! Tenho sempre uma palavra doce para oferecer a alguém... É desta forma que nos tornamos inesquecíveis.
É o tempo que dedicamos a uma pessoa que faz de nós seres humanos de primeira classe. É o amor que oferecemos a todos os seres vivos que nos aproxima de Deus...
Este ano serviu para encontrar-me comigo mesmo, para encontrar a paz interior que andava fugida de mim há tanto tempo. Perdi tempo demais com pessoas que nunca quiseram ser encontradas e, acima de tudo, usaram a inveja e o mal-dizer para me colocar para baixo. Lamento, mas não conseguiram!
E, às vezes, é bom voltar ao ponto de partida. Como alguém me disse há uns dias, “Deus volta a colocar no sítio tudo o que não estava no lugar”. É assim que me sinto, no meu lugar, a tentar ser feliz todos os dias, a amar todos os dias, a ser amado e acarinhado todos os dias sem estar a pedir para o ser. Porque quem pede, não tem!
LOVE YOU TO THE MOON AND BACK